martes, 23 de agosto de 2011

Dismofia Corporal : quando a imagem fere



Em meio a uma sociedade onde moda, comportamento e maneira de pensar são constantemente “sugeridos” os padrões de beleza, medidas do corpo, tipo de cabelo, entre outras características físicas não poderiam estar de fora.

Quem não quer ter o corpo da atriz ou do ator de novela, o mesmo cabelo, o tipo do rosto ? Cada vez mais pessoas apresentam esse ideal e o acesso a técnicas de transformação corporal também ficaram mais acessíveis. Assim, fazer uma cirurgia plástica hoje é algo comum, mudar os cabelos então...são tantas técnicas e tantas possibilidades.

A pressão social para seguir determinados padrões pode influenciar as pessoas a desejar ser algo muito diferente do que são. Nesse caso, a insatisfação e a baixa auto-estima tendem a aumentar conforme o nível de diferença entre o que se é e o que se deseja ser. Ao olhar no espelho e não encontrar a imagem ideal, muitas pessoas tendem a buscar alternativas para conseguir tornar isso realidade, seja na academia, nos salões de estética, nas dietas ou mesmo nas cirurgias. A saúde e o bem-estar passam a ocupar o segundo plano dando lugar aos excessos.

A pessoa insatisfeita com sua imagem corporal tende a encontrar defeitos onde deveria haver qualidades. Assim, as pernas são grossas demais, a altura deveria ser maior alguns centímetros, a cor da pele mais bronzeada, os olhos mais claros, os cabelos lisos, etc. O descontentamento excessivo tende a provocar prejuízos a saúde como um todo já que interfere tanto nos aspectos físicos, quanto psicológicos e sociais. Aos poucos a pessoa se afasta do convívio com os demais por achar que seus “defeitos” são intoleráveis, por não corresponder ao socialmente aceitável.

A dismorfia corporal pode ser tratada no início dos sintomas, tendo a família um papel fundamental a desempenhar, no sentido de mostrar a pessoa que todos somos diferentes, que possuímos qualidades, sempre exaltando os aspectos positivos e as potencialidades ali presentes. O tratamento psicológico e até mesmo psiquiátrico por vezes também é necessário, no sentido de oferecer as condições necessárias à construção de uma imagem de si mesmo, onde há espaço para reconhecer as qualidades e poder estar bem consigo mesmo de uma maneira saudável.

Dentre os principais sintomas da dismorfia corporal temos: mau humor, insatisfação constante, dificuldade em desempenhar tarefas, dificuldade de relacionamento, falta de iniciativa, prejuízo na capacidade criativa, inibição, timidez, podendo chegar a um estado mais grave.

Embora a busca pelo bem-estar esteja em evidência, os padrões sociais também se mostram mais exigentes e acompanhar essas tendências nem sempre é possível. Saudável mesmo é aprender a reconhecer o que cada um tem como algo positivo e singular.

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