lunes, 19 de septiembre de 2011

Psicologia e bem estar : quando a saúde vira doença



A saúde hoje é entendida como bem-estar integral da pessoa, seja física, psicológica ou mesmo social. A pessoa é então, compreendida na sua totalidade, onde todos os aspectos devem estar em equilíbrio e harmonia.
A busca pelo bem-estar é uma constante na sociedade atual. Queremos melhor qualidade de vida no trabalho, lazer, procuramos conforto, alimentação balanceada e de qualidade, estudamos cada vez mais, buscamos informações, fazemos exercícios, relacionamentos, etc.
Existe uma pressão social para que estejamos sempre em movimento e que isso seja cada vez mais dinâmico. As mudanças tecnológicas nos impulsionam para esse mundo que se renova a cada instante e que é possível fazer mais coisas em menos tempo. Assim, queremos muitas coisas e queremos quase que imediatamente ao desejo.
De certa forma, o acesso a informação e também o consumo de bens pode nos propiciar algo perto disso, porém nem tudo funciona assim. Os relacionamentos devem ser sempre “cultivados”, o contato com outras pessoas é fundamental para o homem, assim como o cuidado com seu “mundo interior”, com aquilo que está além do físico.
Muito daquilo que se passa conosco internamente pode se manifestar no corpo, principalmente em forma de sintomas : dores de cabeça, tensão, dores de estômago, excesso ou falta de apetite, problemas motores, entre outras coisas.
A diferença entre o estado de saúde e o de doença se encontra na intensidade e freqüência com que apresentamos determinado comportamento. Aquilo que é saudável em excesso pode nos prejudicar. O descontrole emocional pode acarretar situações extremamente desconfortáveis e prejudiciais ao bem-estar da pessoa, levando inclusive a quadros de depressão, estresse, isolamento social.
Muitas vezes, a descoberta de que algo esta errado pode demorar algum tempo e quando de fato percebemos já estamos em uma situação da qual não conseguimos sair sem ajuda.
O cuidado com aquilo que temos de mais singular, nossa personalidade, nosso mundo interno, nossos valores, experiências, deve ser merecedor de atenção, pois é ai que de fatos existimos e por onde podemos nos expressar.
O psicólogo em sua atuação clínica procura auxiliar o sujeito na busca pelo autoconhecimento assim como na construção de um repertório de comportamentos mais saudável, buscando auxiliar na resolução de situações que parecem difíceis de serem superadas, na resolução de conflitos, oferecendo o suporte necessário a pessoa desenvolver suas potencialidades.






lunes, 12 de septiembre de 2011

Solidão na era da comunicação virtual



 
O advento da tecnologia trouxe consigo mudanças significativas nos relacionamentos. O contato “face a face” passou a ser mediado pelo computador. Se antes conhecíamos pessoas em atividades cotidianas como ir ao trabalho, escola, supermercado, entre outros lugares, hoje não nos preocupamos mais com as pessoas de nosso convívio, mas sim aquelas que conhecemos em grupos e ambiente virtual, onde podemos ser quem quisermos.
O contato mediado pelo computador nos proporcionou concretizar toda e qualquer fantasia, pois nesse ambiente podemos ter características, status, poder, etc que pudermos imaginar e ainda estarmos protegidos pelo “anonimato”. Além disso, quando não quisermos mais é só fechar a tela.
Dessa forma, toda a pressão social em ter e ser, pode ser satisfeita. A menina tímida se transforma em uma mulher poderosa e sedutora, o homem em idade avançada em um jovem, o garoto que se acha pequeno pode ter um corpo invejável. O que dizemos e mostramos na internet condiz muito mais com o que gostaríamos de ser do que o que realmente somos.
Com tantas facilidades de estar em contato com outras pessoas, seja pessoalmente ou em ambiente virtual, a solidão parece mais presente do que nunca, porém esse tema não encontra muito espaço para discussão.
O individualismo presente na sociedade atual, leva ao isolamento das pessoas : estamos cercados por pessoas mas a qualidade dos relacionamentos não é suficientemente boa e o sentimento de estar sozinho no mundo encontra seu lugar.
Quando saímos do ambiente virtual onde somos nossos ideais, a dura realidade de limitações, faltas fica mais evidente, podendo levar o sujeito a sentir-se frustrado com aquilo que tem e que é.
A solidão esta presente em todas as faixas etárias: crianças, adolescentes, adultos e idosos. Podendo estar relacionada ao isolamento social e a depressão. Nesse caso, a pessoa se encontra em um estágio onde somente a vontade de “sair dessa” pode não ser o suficiente. Assim, o tratamento psicológico pode ajudar a pessoa a construir uma nova
maneira de lidar com pensamentos e comportamentos negativos e desfavoráveis ao seu bem-estar e a encontrar um novo sentido às suas vivências.
Se por um lado a internet facilitou a comunicação, por outro prejudicou os relacionamentos interpessoais. Estamos cercados por pessoas, porém não nos sentimos a vontade para sermos nós mesmo, para expressar nossas opiniões, sentimentos, expectativas, frustrações. O ambiente virtual muitas vezes serve de máscara escondendo o verdadeiro “eu”, suas potencialidades e limitações.

lunes, 5 de septiembre de 2011

Um pouco sobre Distimia


Muito se tem falado sobre os estados depressivos, seus sintomas e tratamentos, porém a forma como se trata esses transtornos de humor acaba por englobar diversos “níveis” sem fazer nenhuma distinção entre eles.
A distimia pode ser entendida como um transtorno afetivo da personalidade onde a pessoa tende a ter uma visão negativa do mundo, estando sempre mal-humorada, triste, melancólica, baixa auto-estima, baixa energia, acentuando frequentemente o lado negativo das coisas enquanto deixa de dar importância aos aspectos positivos. Nesse caso não há um prejuízo severo na vida social e profissional da pessoa, porém há algum comprometimento que deve ser olhado.
O sentimento de menos valia e o negativismo faz com que a pessoa não se sinta merecedora de aproveitar as coisas “boas” da vida, ter lazer, ter prazer podendo levar ao isolamento social, insônia e aumento da ansiedade.
As crianças também podem ser acometidas por esse transtorno, estando muitas vezes relacionado as dificuldade de aprendizagem. O período de maior freqüência é a adolescência, porém pessoas em diversas etapas da vida podem desenvolver a distimia, estando relacionada a uma maior incidência em mulheres.
Diferente da depressão que pode se instalar de maneira repentina, a pessoa com distimia apresenta constantemente o mau-humor e negativismo, vindo a se constituir como uma doença crônica. Assim o diagnóstico deve envolver um período de aparecimento dos sintomas de pelo menos dois anos consecutivos.
Muitas vezes a pessoa com distimia acredita que os sintomas apresentados por ela fazem parte de sua personalidade não conseguindo enxergar possibilidade de melhora. Nesse período podem ocorrer episódios de depressão, porém com o retorno ao estado anterior.
A distimia pode ser tratada, podendo devolver ao indivíduo uma condição de vida mais saudável, onde suas potencialidades podem ser trabalhadas e desenvolvidas. Para que isso aconteça é necessário um tratamento psicológico e por vezes médico, no sentido de administrar a medicação necessária ao controle dos sintomas. O tratamento associado tem maiores chances de sucesso, pois ao mesmo tempo em que os sintomas estão sendo controlados a psicoterapia irá ajudar a pessoa a construir uma nova maneira de “viver”, de estabelecer relações interpessoais.
Quando a distimia não é tratada, o transtorno pode se agravar evoluindo para casos de depressão onde o isolamento social é muito freqüente assim como a impossibilidade da pessoa ao realizar atividades cotidianas e até mesmo há possibilidade de suicídio.