miércoles, 4 de abril de 2012

Autismo




Em plena semana do dia do autismo, achei ser um bom momento para falarmos desse assunto. O autismo é classificado como um transtorno global do desenvolvimento, podendo trazer diversos prejuízos a saúde integral do indivíduo caso não seja compreendido.
A criança autista possui um comportamento de evitação do contato com outras pessoas, estando sempre voltado ao seu mundo particular. Os graus de comprometimento podem variar de casos extremamente graves, onde esse prejuízo acomete muito a vida do sujeito e casos mais brandos onde há possibilidade de uma vida normal, embora com algumas peculiaridades.
Assim como as pessoas são diferentes, os sujeitos autistas também o são, possuindo potencialidades e necessidades singulares. A compreensão dessas particularidades torna-se necessário a um tratamento adequado, que faça frente as necessidades de cada um.
O autismo geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida da criança ( antes dos 3 anos de idade) sendo caracterizado por uma “recusa” ao contato social, onde a criança não corresponde aos estímulos sociais praticados pelos pais e cuidadores. Podem apresentar dificuldades de relacionamento, comunicação, compreensão da fala e estereotipias.
As dificuldades relacionadas ao contato social, produzem uma fala descontextualizada, onde não há a intensão de comunicar algo a alguém. O outro, receptor da mensagem, não se encontra acessível.
Os diferentes graus de autismo produzem mudanças quanto a sintomatologia apresentada. Dessa forma, algumas crianças a primeira vista podem não parecer possuir qualquer dificuldade, entretanto outras desenvolvem o mutismo, movimentos estereotipados das mãos, balanços, parecem surdos ( não correspondem aos chamados dos outros), fala repentina e descontextualizada, falta de percepção do outro, insensibilidade aos ferimentos ( pode ferir-se constantemente), falta de percepção e interação com o ambiente, baixa tolerância a mudanças no ambiente e rotina, incapacidade de fazer contato visual.
Diante desse quadro, os pais costumam ser os primeiros a notar que há algo de diferente com a criança, levantando expectativas quanto as dificuldades decorrentes da troca de afetos, quando esta não ocorre. Dessa forma, a estimulação da criança pode ter uma brusca queda, levando a uma piora do quadro, já que os estímulos são extremamente necessários ao desenvolvimento.
As dificuldades de interação social também podem se manifestar de maneira sutil, caracterizando um grau mais brando de autismo. Essas crianças geralmente freqüentam a escola regular mostrando um potencial cognitivo preservado.
O tratamento deve ter seu inicio precocemente, aos primeiros sinais de que algo não vai bem. Dessa forma, torna-se possível possibilitar os estímulos necessários ao desenvolvimento da criança, levando em conta seu potencial e necessidades, assim como as necessidades familiares enquanto cuidadores que precisam se sentir seguros e saudáveis para o sucesso do tratamento.


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