Em
plena semana do dia do autismo, achei ser um bom momento para
falarmos desse assunto. O autismo é classificado como um transtorno
global do desenvolvimento, podendo trazer diversos prejuízos a saúde
integral do indivíduo caso não seja compreendido.
A
criança autista possui um comportamento de evitação do contato com
outras pessoas, estando sempre voltado ao seu mundo particular. Os
graus de comprometimento podem variar de casos extremamente graves,
onde esse prejuízo acomete muito a vida do sujeito e casos mais
brandos onde há possibilidade de uma vida normal, embora com algumas
peculiaridades.
Assim
como as pessoas são diferentes, os sujeitos autistas também o são,
possuindo potencialidades e necessidades singulares. A compreensão
dessas particularidades torna-se necessário a um tratamento
adequado, que faça frente as necessidades de cada um.
O
autismo geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida da criança
( antes dos 3 anos de idade) sendo caracterizado por uma “recusa”
ao contato social, onde a criança não corresponde aos estímulos
sociais praticados pelos pais e cuidadores. Podem apresentar
dificuldades de relacionamento, comunicação, compreensão da fala e
estereotipias.
As
dificuldades relacionadas ao contato social, produzem uma fala
descontextualizada, onde não há a intensão de comunicar algo a
alguém. O outro, receptor da mensagem, não se encontra acessível.
Os
diferentes graus de autismo produzem mudanças quanto a
sintomatologia apresentada. Dessa forma, algumas crianças a primeira
vista podem não parecer possuir qualquer dificuldade, entretanto
outras desenvolvem o mutismo, movimentos estereotipados das mãos,
balanços, parecem surdos ( não correspondem aos chamados dos
outros), fala repentina e descontextualizada, falta de percepção do
outro, insensibilidade aos ferimentos ( pode ferir-se
constantemente), falta de percepção e interação com o ambiente,
baixa tolerância a mudanças no ambiente e rotina, incapacidade de
fazer contato visual.
Diante
desse quadro, os pais costumam ser os primeiros a notar que há algo
de diferente com a criança, levantando expectativas quanto as
dificuldades decorrentes da troca de afetos, quando esta não ocorre.
Dessa forma, a estimulação da criança pode ter uma brusca queda,
levando a uma piora do quadro, já que os estímulos são
extremamente necessários ao desenvolvimento.
As
dificuldades de interação social também podem se manifestar de
maneira sutil, caracterizando um grau mais brando de autismo. Essas
crianças geralmente freqüentam a escola regular mostrando um
potencial cognitivo preservado.
O
tratamento deve ter seu inicio precocemente, aos primeiros sinais de
que algo não vai bem. Dessa forma, torna-se possível possibilitar
os estímulos necessários ao desenvolvimento da criança, levando em
conta seu potencial e necessidades, assim como as necessidades
familiares enquanto cuidadores que precisam se sentir seguros e
saudáveis para o sucesso do tratamento.
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