miércoles, 25 de enero de 2012

O vício do trabalho: Workaholic



O termo “Workaholic” designa uma pessoa viciada em trabalho, ou seja, uma compulsão pelo trabalho, onde o indivíduo embora reconhecendo os excessos não consegue diminuir a carga de trabalho.

O fenômeno Workaholic pode ser entendido a partir de variáveis pessoais e também do contexto social. Assim, essas pessoas podem desenvolver uma necessidade de auto-realização, de certa forma intensificada, dispendendo alto nível de dedicação para atingir seus objetivos. Há também uma questão relacionada a competição, onde a pessoa entra nessa situação competitiva com alta motivação de conquistar prestígio, cargo melhor, alto salário, etc.

O workaholic pode tentar suprir no trabalho uma necessidade de aceitação pelo outro, dessa forma, através do sucesso profissional, o sujeito conquistaria certo status social.

Quanto ao contexto social, as mudanças advindas com a revolução industrial causaram grande impacto nas atividades profissionais. Passou-se a exigir mais dos funcionários, principalmente relacionado a cargos mais altos.

O mundo moderno, altamente competitivo, instável está atendo aos anseios, aspirações, desejos, sonhos, ambições, das pessoas e a partir de suas exigências organizacionais, buscam ter um trabalhador mais absorvido e integrado, onde a dedicação integral a empresa está se tornando regra para o sucesso na carreira gerencial.

Essas exigências levaram ao aumento da carga horária de trabalho bem como do envolvimento tanto físico quanto psicológico do profissional para poder atender as demandas organizacionais, porém não é só no meio organizacional que vemos esse fenômeno acontecer. O workaholic pode estar presente em diversas profissões e contextos sempre com algumas características em comum:

  • gastam uma grande parte de seu tempo em atividades de trabalho, dando mais importância para ele e abdicando de outros aspectos sociais como a família, amigos, lazer, entre outros;
  • tendem a pensar freqüentemente em assuntos de trabalho, mesmo quando não estão efetivamente trabalhando;
  • trabalham muito além do que é razoavelmente esperado para o cargo que ocupam, ou do que para atender suas necessidades econômicas básicas.
Dessa forma, a vida pessoal fica extremamente complicada, relevada a segundo ou terceiro plano. Podemos pensar em algumas perguntas relacionadas a essa situação:Quando é que pessoas com esse perfil se prejudicam? Havendo prejuízo, como mudar a situação?

Os prejuízos advindos desse comportamento são sentidos mais a longo prazo e para melhorar isso, os comportamentos presentes precisam ser alterados.

Alguns indicativos de que há comportamentos a serem alterados:

  • Dificuldades em comunicar-se com a família;
  • Autoridade e respeito obtido via discussões tensas;
  • Família afetivamente distante, e/ou afetivamente carente;
  • Diminuição do conhecimento sobre o dia-a-dia dos filhos, esposa/marido e amigos (você é o último a saber, ou descobre os fatos só depois que já ocorreram e foram resolvidos sem sua ajuda);
  • Diminuição do número de amigos e da freqüência com que os vê, acompanhado ou não por reclamações sobre sua ausência (“sumido, hein?”) ou por desistência de lhe procurarem;
  • Diminuição do conhecimento e/ou participação em atividades não-profissionais de sua preferência, como leitura de livros não-técnicos, ida a cinema, teatro, exposições, esportes, e assim por diante;
  • Sinais de fadiga física (alterações no sono, no apetite e no humor, stress, gastrite, aftas, dores nas costas, diminuição da capacidade de concentração);
Para ser capaz de mudar os comportamentos atuais e entender o motivo dessa necessidade crescente de dedicar-se ao trabalho, muitas vezes a pessoa pode precisar de ajuda. Assim, a psicoterapia pretende fornecer a ajuda necessária em prol da saúde do sujeito.

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