viernes, 6 de enero de 2012

Quando nasce uma mãe

A mulher tem o desejo de ser mãe, talvez desde sua infância, quando brincava de boneca, ou então este surge algum tempo depois, quando está com uma pessoa de quem realmente gosta e a vontade de ter uma família, filhos começa a aparecer e até mesmo mais tarde, depois que já estudou bastante, trabalhou bastante, está casada ou não, o desejo desponta. Não importa quando ele aparece, mas assim que começamos a pensar em nos tornar mães algo muda.

A gravidez é um período de mudanças físicas, psicológicas, onde todo o ser começa a experimentar coisas diferentes, algumas deliciosas, outras nem tanto. É uma fase de intensas nuances, altos e baixos. Em alguns momentos estamos felizes totalmente, já em outros com medo, assustadas com a responsabilidade de ser mães e com a falta de experiência ( se for mãe pela primeira vez). Ter um outro filho traz expectativas por vezes diferentes e estas não vão ser abordadas nesse momento, já que estamos tratando do início da experiência de ser mãe!

Será que passamos a ser mães na concepção, na gravidez ou quando o bebê nasce?

A resposta pode variar um pouco, algumas mulheres se tornam mães quando o desejo de ser começa, outras somente quando vem o bebê. A experiência é diferente para cada uma.

São tantas coisas a fazer, tantas coisas a preparar, se preparar para a chegada do bebê. A expectativa frente a tantas coisas é crescente, a ansiedade acompanha tudo. Após tantos preparativos, às vezes a incompreensão da família frente a esses sentimentos e necessidades acaba contribuindo para que a gestante se sinta deprimida. Ao contrário, o apoio e a compreensão auxiliam, na construção dessa etapa que esta por vir.

O parto, a amamentação os cuidados com o bebê são situações novas que podem vir acompanhadas pelo medo, até mesmo o medo de como será estar sem o bebê dentro da barriga.

O primeiro contato com o bebê, ver o rosto, o corpo, de quem são os traços físicos, tudo isso contribui para que a mãe estabeleça um vínculo com o bebê, que agora está do lado de fora e conta com ela para suprir todas as suas necessidades, demandando muita disposição, equilíbrio e responsabilidade frente a essas novas exigências.
Os primeiros dias ainda são um período de altos e baixos, de adaptação a essa nova realidade, as demandas que dela provém e muitas vezes, embora preparada para tudo isso a mãe pode se sentir cansada, desamparada, afinal ela também precisa de acolhimento, carinho, afeto e a família deve estar presente para poder apoiá-la nesse momento, fornecendo a “energia” de que ela precisa para assumir o novo papel.

Quando a mulher se torna mãe não é de um momento a outro e sim uma construção psicológica que vai sendo feita à medida que vai experimentando o contato com o desejo de ser mãe, a gravidez, o bebê e a nova família constituída, esse tempo é de cada pessoa e deve ser vivido com cuidado a fim de proporcionar crescimento, desenvolvimento, saúde.

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